Na Boca

Baixo o som enrola

as raízes das árvores,

dá chão ao caminhar

aeroso, terroso, 

do que é e não pacificável.

Alto o som por alvéolos

toca as bordas do céu

e do que arde por copas

-oitava, perambula ao que toca,

funde o grito e a liberdade.

O sol do som aquece

em som ao sol reage.

Nada é silenciável

ainda que a tensão no lábio aperte:

existir por si fala entre todos os tons.

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